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quinta-feira, fevereiro 26, 2004

Todas as palavras que você sempre tentou dizer sobre musica e não teve coragem para o fazer


http://www.chthonicionic.net/bile/

Até ao meu regresso
Entretanto, o meridiano de Estrasburgo vai até Paris para um pequeno banho de civilização. Até lá, vão lendo os blogs jurídicos que acabei de linkar e esperando pelas pérolas do David.
Links
Como sabem, somos demasiado preguiçosos para pôr lista de links aí ao lado. De vez em quando, aproveitamos para o fazer aqui, em forma de post. Assim, eis alguns blogs jurídicos que descobri recentemente:

Causidicus

Cordoeiros

Porta da Loja

E, claro, a Causa Deles, que não sendo bem um blog jurídico, deve constar obrigatoriamente desta lista.

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

21 Toneladas
Este é um filme importante. Porque é bom saber que é possível fazer em Hollywood filmes inteligentes para adultos sem cair na imbecilidade ou na pirotecnia elementar, mesmo se para isso se chama um realizador mexicano, o que também não deixa de ser interessante. Por isso importante. Infelizmente, não chega para ser um bom filme. 21 Gramas tem um argumento fraco, que parte da banal situação do transplante de coração e da consequente apropriação de um ser pelo outro, mil vezes glosada. Como não se trata de uma série B, o realizador oferece-nos diálogos grandiloquentes e enfatuados sobre a vida, a morte, a fé e o amor. Tudo acompanhado por uma fotografia manhosa e cheia de granulado, que ultimamente, vá-se lá saber porquê, tem sido sinónimo de filme "intelectual". A montagem não linear, que era já utilizada pelo realizador em Amores Perros, e que nem sequer é inovadora (até Hitch já o fez e, mais recentemente, com resultados incomparavelmente melhores, Tarantino), acaba por cansar e desprender o espectador da história. Restam os actores. Naomi Watts, por quem tenho um carinho especial desde Mulholland Drive, está bem (mas a ela basta aparecer e olhar para a câmara). Sean Penn dá-nos o seu número habitual, que já começa a cansar de tão cabotino (para quem tenha um ódio de estimação pelo Sean, aconselho The weigth of water, um filme de Kathryn Bigelow que passou relativamente despercebido, onde ele tem a interpretação mais cabotina das últimas décadas!). Benicio del Toro é fantástico: consegue ser cabotino e discreto ao mesmo tempo, na exacta medida do que a personagem que interpreta pedia. Para contentar os franceses, até a Charlotte Gaisnbourg tem um papel, embora não muito relevante e talvez dispensável. Conclusão: a maldição do segundo filme atacou de novo. Amores Perros, que vi sem saber absolutamente ao que ia, foi uma muito agradável surpresa e uma lufada de ar fresco. Ao lado, 21 Gramas pesa pouco na balança.
Importa-se de repetir?
Acabo de receber um convite para ir a uma conferência tão mais interessante quanto será seguida por um "Network-buffet". Como?! Um Network-buffet?? Que raio de coisa é essa? Acho que terei que lá dar um salto só para ver o que é.
He's back!
Eu não vos disse? E em grande forma...
I´m back!

Depois de ter insultado Bill Gates e respectiva família até à terceira geração (ascendentes e descendentes, já agora!) consegui finalmente voltar ao meridiano preferido da civilização ocidental, global e sei lá mais o quê! Desta interrupção ficam imensas pistas. Desde algumas que o AC já fez o favor de registar (particularmente o anunciado e triste divórcio da Barbie e do Ken), até outras que perderam a actualidade (como o caso de Mourinho ser o melhor treinador da Europa... para um portuense e provavelmente portista, exímio utilizador dos novos meios informáticos e de comunicações). No entanto há duas delas (em que o AC apenas tocou de raspão numa delas) que me merecem alguma atenção blogguista! O "caso Vale e Azevedo", mais conhecido pelo mete e tira e tira e mete (com a devida referência e deferência ao Carpet Crawlers dos Genesis)! E o de Carrilho, mais conhecido por tira e tira, mas afinal não tira! Tudo isto nos leva naturalmente para os maiores problemas que hoje nascem e se desenvolvem pela nossa sociedade: os media (mais uma vez claro) e, em sua consequência lógica, o apregoado discernimento (que antes se chamava sabedoria) popular.

Em Portugal vivemos o processo de transição do treinador de bancada para o renascentista popular! Todos estão na posse da sabedoria universal para comentar e, pior, ajuizar convictamente da correcção das acções ou omissões de outros, sejam elas desportivas, políticas ou judiciais. É o síndroma do taxista! Porque o Vale e Azevedo saiu e voltou a entrar, é muito bem feito, que é um malandro. Ou então, é muito mal feito porque já viram a falta de humanidade? Porque o Carrilho depois de tirar a câmara ao fotógrafo foi "atacado" pela imprensa cor-de-rosa (e acrescento eu, não só - o Expresso fez questão de se aliar àquela neste diz que não disse), é bem feito porque não andaram ele e a mulher a mostrar-se a todas as revistas, o que é que eles queriam? Ou porque, coitado do homem (e do bébé, Nossa Senhora), já ninguém tem direito a andar em liberdade e privacidade.

É óbvio que eu próprio tenho as minhas opiniões! Foi uma vergonha para as instituições do Estado o que aconteceu com o Vale e Azevedo. Não por razões humanitárias. Mas porque foi uma oferta, com subsídio, à praça pública e aos vampiros dos media para que, mais uma vez, as bases da nossa democracia (por um evento que em si é apenas ridículo) sejam discutidas entre um carapau frito e meia dúzia de bejecas. Foi uma brejeirice aquilo que aconteceu com o Carrilho porque as coisas devem ser feitas com convicção. Não pode haver sorrisos uma vez e ameaças noutra! É óbvio que qualquer um tem direito de autorizar hoje e não autorizar amanhã! E isso deve ser claro como água (coisa que parece difícil se entender no Expresso por exemplo). O que faltou obviamente foi um sopapo ao fotógrafo! Mas enfim, tal não foi possível pois a Bárbara estava ocupada a dar colo ao bébé!!!!!

Mas obviamente, não posso ir para o speakers corner defender estes pontos de vista! Porquê? Por uma simples razão - não tenho nem pouco mais ou menos toda a informação para poder ter uma posição definitiva! Obviamente esta não é a opinião da imensa maioria dos portugueses! Há sempre razão para ter uma opinião de uma forma convicta! Basta ser capa de jornal ou notícia de abertura de telejornal!




... já agora, não sei se o evento catalizador dessa catástrofe anunciada que é a separação do Ken e da Barbie foram as cambalhotas do primeiro com o Action Man ou, mais provável diria eu, a anunciada mudança de sexo de Ken e estabelecimento na Costa da Caparica a vender farturas!

terça-feira, fevereiro 24, 2004

Sem filtro
Agora que ando a pôr os blogs em dia, dou-me conta que o Tulius, da Memória Inventada, está cada vez mais nova-iorquino. Chamo a atenção para o grande post que ele fez defendendo as leis anti-tabaco ("Fumar prejudica gravemente o bom senso" de 7.2.04). Em sentido contrário, a propósito de um novo plano qualquer anti-tabaco em Portugal, O País Relativo (post "O Governo faz mal à saúde", de 15.2). Eu estou mais de acordo com o Tulius, ainda por cima porque este ano vou deixar de fumar (quando o Euro acabar). Daqui a uns meses, vou estar tão intratável que as pessoas que me conhecem vão querer fazer uma lei anti-AC. Enquanto isso não acontece, proponho uma lei anti-SUV, aqueles carros a fingir que são jipes (ou vice-versa) de alta cilindrada que se vendem como pãezinhos quentes nos US (a proibição só se aplicaria nos espaços públicos, claro, pois toda a gente deverá ter o direito de passear com o seu SUV dentro de casa). A proibição do álcool também não me parece uma má ideia. É certo que os alcoólicos só mediatamente prejudicam os outros, mas nestas coisas a prevenção nunca é demais. E por aqui me fico, que tenho que ir comprar cigarros, uma garrafa de Jack Daniels e meter gasóleo no jipe.
Dentro de momentos bis
Entretanto, notícias frescas dizem-me que o Meridiano de Lisboa anda com problemas informáticos donde a falta de posts. Mas ele vai voltar... Haja júbilo e regozijo!

segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Dentro de momentos
Contrariamente ao que poderão ter pensado depois de ter lido o meu post "Correio dos leitores" de 16 de Fevereiro, ainda não foi desta que enriqueci. Esta minha ausência prolongada (1 semana!) deve-se a outros factores, que não vou aqui expor (era o que faltava). Se se quiserem queixar, atirem-se ao David, que não posta desde 1 de Fevereiro (?!). Ganda calaceiro! Então David, nem um comentário à mais recente derrota do Benfica? À libertação relâmpago do Vale e Azevedo? Ao julgamento de Aveiro? Acorda, homem!

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

O divórcio
Uma das notícias recentes que me chocou particularmente foi o anunciado divórcio do Ken e da Barbie. De facto, já nada é o que era. Dizem-me no entanto fontes bem informadas que desde que o Ken conheceu o Action Man, as coisas começaram a correr mal no casal.
Correio dos leitores
Na ausência do David, cuja falta de posts tem vindo a afectar, e grandemente, a (já pouca) qualidade deste blog, cumpro os serviços mínimos com o correio dos leitores. Entre as várias mensagens de familiares, que por natural modéstia omitimos, recebemos a já costumeira oferta de oportunidades de negócio, enviadas por misteriosos líderes africanos que nos oferecem milhões de dólares, sendo apenas necessário que a gente contribua com alguns milhares para desbloquear uma situação algo complicada. Assim, recebemos uma oferta do Sr. Organ Achuba, a que não vamos obviamente responder. Julgam que somos parvos, não? Contudo, recebemos igualmente uma outra oportunidade de negócio do "Chief" Otumba Adedeji. Esta estou tentado a aceitar. É que não é todos os dias que recebemos mails de um "Chief". E reparem na sonoridade do nome. Otumba... Adedeji... Faz lembrar o mistério e exotismo da savana, a floresta virgem, o coração das trevas, eu sei lá. Um homem com um nome destes (ainda por cima "Chief", não esqueçamos) só pode ser digno da mais elevada confiança. Vou responder. Brevemente darei notícias. Ou talvez não, porque depois de ficar milionário faltar-me-á seguramente a pachorra para aturar o Blogger. Sorte vossa.

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Heróis americanos (4)
Volto aos heróis americanos. Mickey Mouse é muito mais que um rato, é um arquétipo. É o amigo fiel, bem comportado, pronto para salvar o mundo, ponderado, consciente e com algum grão de loucura. Como personagem de banda desenhada é, claro, extremamente desinteressante, banal e terrivelmente insípido. Como a Disneylândia, o país do Mickey, é o arquétipo da América. Eu estava por acaso em Paris no fim-de-semana da inauguração da então Eurodisney (entretanto, por razões de marketing, parece, mudaram o nome para Disneyland Paris), já lá vão uns anos. Era Domingo e o parque fica na auto-estrada para Estrasburgo. Com aquela espécie de curiosidade mórbida que define o ser humano, fizemos (eu e a E.) um pequeno desvio, tão mais injustificado por na altura ainda não termos filhos, para ir ver "aquilo". Não vimos grande coisa, porque os arquitectos da Disney conseguiram o prodígio de construir um parque de não sei quantos hectares em que quem está de fora consegue ver apenas parques de estacionamento e a enorme zona de acesso às bilheteiras. Era fim de tarde e a multidão começava a abandonar o parque. Todos, sem excepção, arvoravam aqueles chapéus engraçados com as orelhas do Mickey. Era uma imagem já de si surrealista, e no entanto ainda assim algo me dizia que havia ali um detalhe que não colava. Demorei algum tempo a perceber qual era esse detalhe. Em toda aquela multidão, alegremente coberta pelas orelhas do rato, não havia uma única criança: eram todos adultos.
Voltei à Eurodisney recentemente, desta vez com os meus filhos (e com o David, já agora). O dia estava chuvoso. Todos comprámos, obviamente, aqueles ponchos amarelos impermeáveis que protegem o Disneyturista da chuva. Quando entrámos no parque, olhei em frente e só vi milhares de ponchos amarelos, todos rigorosamente iguais. Sem saber exactamente porquê, tive um arrepio na espinha. Era uma imagem aterradora, que poderia sair de 1984 ou do Admirável Mundo Novo. Para mim, naquele momento, ficou claro que a globalização é um poncho amarelo para a chuva.
He’s back
O Dicionário do Diabo está de volta e, segundo parece, em grande forma. Woody Allen, armas de destruição em massa, Janet Jackson e uma deliciosa metonímia são os temas do momento.

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Homens temporariamente sós
Aqui no Meridianos estamos sempre atentos aos novos movimentos e lutas sociais. Como esta que aqui se divulga e que foi noticiada pelo NYT e pelo Herald Tribune. Cerca de uma centena de homens manifestaram-se (em Nova Iorque, claro, onde mais havia de ser?) pelo direito dos homens a vestirem saias. Note-se o empenho dos manifestantes em frisar que não são travestis ou homossexuais, apenas machos que gostam de vestir saias, indo buscar exemplos aos escoceses e ao Ancien Régime francês, numa análise cuja exactidão histórica parece aliás - como dizê-lo? - bastante inexacta. Porém, o que mais me perturbou nesta notícia é que entre os manifestantes citados no artigo se encontra um activista que dá pelo nome de Manuel. Ora, nós estamos habituados a estas coisas esquisitas vindas dos americanos ou dos holandeses (grandes peritos em modernices) mas quando se metem os Manéis ao barulho, poderia dizer-se que são os alicerces da civilização ocidental que começam a ruir.

quinta-feira, fevereiro 05, 2004

Anda já aqui ó Famel Zundapp
Esta notícia do Libération dá-nos conta da última mania americana (isto de sermos anti-americanos primários é mesmo doença!). Os gringos apanharam a mania de dar nomes de marcas aos filhos: ele é Armani, Loreal, Chanel, Dior e até, pasme-se, Courvoisier, Champagne e Chianti. Se a moda pega em Portugal já estou mesmo a ver toda uma geração de Fameis Zundapp, de Sanjos e, porque não, de Três Marias.
S. Valentim era impotente
Fiquei muito surpreendido com esta notícia do Público. O dia de S. Valentim é simultaneamente o dia da disfunção sexual. Para quando novas revelações choque? S. Tomé era crédulo? Judas o maior amigo de Cristo? Maria Madalena casta? Os Pólo Norte músicos?

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Ostensivamente
O Parlamento francês discute neste momento a polémica lei da proibição dos símbolos religiosos na escola. Trata-se de uma situação que tem sido discutida um pouco por todo o lado (e também na blogosfera, principalmente no Causa Nossa) mas sobretudo, como é natural, em França onde, ainda por cima, existe uma sensibilidade exacerbada quanto a estas coisas, fruto por um lado da tradição jacobina e por outro da presença da maior comunidade muçulmana na Europa. É-me difícil chegar a uma posição definitiva nesta matéria, que é tão complexa e joga com factores contraditórios, mas muitas vezes de importância equivalente. A minha tendência é no entanto julgar que se trata de uma lei má, por motivos jurídicos e políticos.
Por motivos jurídicos: antes de mais, e ao contrário de Vital Moreira, não creio que a liberdade religiosa, enquanto tal, esteja em risco com este projecto; assim já o decidiram, quanto a legislações similares, e mais rigorosas, a Comissão e o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Mas isso não chega. A primeira qualidade de uma lei é que as suas disposições possam ser interpretadas de maneira clara e precisa. Ora o adjectivo "ostensible", escolhido pelo Governo, está longe de respeitar esta condição e dará inevitavelmente origem a situações confusas; e todos sabemos como a realidade é reticente a encaixar nos conceitos jurídicos. Além disso, trata-se de uma lei que dificilmente escapa à acusação de ter destinatário individualizado: todas as discussões em França têm demonstrado ser claramente o véu islâmico o principal visado e só a preocupação de não hostilizar - apetecia-me dizer "ostensivamente" - a comunidade muçulmana, levou a incluir no "pacote" a kippa judaica e o crucifixo.
Por motivos políticos: em França opõe-se a integração ao comunitarismo. Ora não é impossível defender que estes dois conceitos não são opostos, antes se completam, tudo dependendo também de uma gestão inteligente do problema pelo Estado. Este projecto, parecendo querer favorecer a integração, acabará por favorecer o comunitarismo. Em qualquer caso, tornará mais difícil tentar conciliar estes dois conceitos. Acresce que o problema do véu nas escolas francesas é, não obstante a gritaria mediática, quantitativamente reduzido. Num universo de milhares de escolas e milhões de estudantes, contar-se-ão apenas algumas dezenas, talvez uma centena ou pouco mais, de casos de expulsão ou sanção disciplinar grave, ao longo de várias décadas (esta é uma afirmação empírica, não fui à procura dos dados estatísticos). Tendo em conta estes dois factores, melhor seria, em consonância aliás com o princípio da subsidiariedade, deixar para as autoridades locais aquilo que elas farão melhor que uma lei geral: são os directores e responsáveis de cada escola que melhor saberão, por estarem mais próximos das realidades, como reagir a determinada situação de facto em cada caso concreto.
Para terminar, e para que não restem dúvidas: penso que o uso do véu islâmico reflecte, objectivamente, um tratamento discriminatório das mulheres. Penso que o uso do véu deveria ser proibido sempre que estejam em causa razões de segurança ou saúde pública (por exemplo, em determinadas aulas nas escolas, mas também nos hospitais e laboratórios). Sou a favor da laicidade na escola pública, sem que isso ponha obviamente em causa a possibilidade de existência de escolas confessionais, desde que não subsidiadas, sem motivo objectivo válido, pelo erário público. Enfim, não tenho religião, a não ser o Sporting.

terça-feira, fevereiro 03, 2004

Mamas+Janet Jackson
Eis umas daquelas buscas típicas do Google que não vale a pena fazer. Já toda a gente sabe que o Timberlake mostrou a mama da Janet no intervalo do SuperBowl. Dizem eles que tudo se tratou de uma "wardrobe malfunction", isto é, uma avaria da roupa (que adorável expressão!). Entretanto, foi criada uma comissão federal para investigar a coisa. Acho bem. Não se pode deixar passar em claro estas imoralidades. Lembram-se da publicidade ao Fá, salvo erro a primeira vez que em Portugal se mostraram mamas numa publicidade em prime time? Ainda hoje se sentem os efeitos perversos dessa vergonha na evolução moral das pobres crianças e adolescentes que foram sujeitas a tal destempero. Eu, por exemplo, nunca mais consegui olhar para os gels de duche da mesma maneira. Sou, no fundo, uma vítima do relativismo moral sem limites destes tristes tempos que vivemos. Espero que esta comissão agora criada venha sancionar severamente estas derrapagens vergonhosas.
PS: parece que também foram criadas esta comissão independente mais esta para investigar as eventuais falhas dos relatórios das secretas quanto às armas de destruição em massa, mas isso é menos importante.
A sentença
O canibal alemão, de que já aqui falei (post "Um homem que come outro homem é o quê?" de 4/12/03), foi condenado a oito anos e meio de prisão. Parece que ele já demonstrou interesse pelo lugar de cozinheiro da penitenciária onde vai ficar.

domingo, fevereiro 01, 2004

Vivó Gordo

Porque nem só de polémicas vive o Meridianos, hoje um deles sincronizou com o Soares, o Jô! Entre filha da puta, puns em bis, foda-se que estava quase louco, precisamos de aprender que de humor também se faz a vida. E que ser gordo (ou facho, tanto faz) é apenas mais um motivo para falar. De cá, de lá, de todo o lado! E o mais engraçado é que o Jô nos faz rir de nós próprios. Na mira do gordo sempre! Vivó gordo!
Camomila
Espero que o Contra a Corrente não tenha ficado muito zangado comigo. Eu que até o aprecio (a sério: um gajo que tem MacGuffin como nick não pode ser mau tipo!). Se pensa que o injuriei, mesmo "suavemente", aqui me penitencio. Mandar epítetos para o pessoal, muito menos definitivos (credo), não é realmente o meu estilo. E quando o apelido de fachoblog é até com uma certa ternura. Se mesmo assim ficar zangado, olhe, siga o seu próprio conselho: muita camomila. Abraços aqui deste meridiano.
PS: para a próxima, proponho polemizar sobre o grande Alfred (sugestão: qual o melhor dos melhores, North by Northwest, Rear Window ou Vertigo? Eu tenho um fraquinho pelo Vertigo), que sempre será muito mais interessante que o Chirac. Mas se calhar vamos estar de acordo, que chatice...

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