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quarta-feira, outubro 06, 2004

A missa
Talvez por não ter a TVI, e não seguir portanto a missa dominical do Padre Marcelo (mas reparo agora que quando estou em Portugal também é raro ver), sou pouco sensível à discussão em curso sobre as declarações de Gomes da Silva. Independentemente da pouca importância que se deve dar a este tipo de intervenções estapafúrdias, queria dizer que subscrevo, no essencial, a posição do Terras do Nunca. E acrescentar um pequeno comentário motivado pela leitura do Aviz, que pede contraditório (o itálico é dele) também para o Miguel Sousa Tavares. É que MST é comprovadamente um opinion maker independente (quer dizer, não enfeudado a um partido) e o Prof. Marcelo é um destacado militante do partido mais importante da coligação governativa, tendo mesmo chegado a ser líder do partido e candidato a Primeiro-Ministro. O Prof. Marcelo, ao contrário de MST, não é portanto um comentador: é um político que está em condições de se servir dos seus 45 minutos semanais para favorecer a sua própria agenda política pessoal. E já agora só mais esta heresia: sou um defensor feroz da liberdade de expressão; e é precisamente por esse motivo que penso fazer muita falta em Portugal um órgão de supervisão do audiovisual que possa legitimamente intervir no mercado televisivo para sancionar o desrespeito de certas regras básicas essenciais, como, só para dar um exemplo, a de garantir o pluralismo que deve existir numa sociedade democrática. Sim, eu disse "mercado televisivo" e não "televisão pública", que os canais privados também são obrigados a respeitar a lei. Dito isto, as comadres que resolvam a coisa entre elas.

PS: entretanto, as comadres resolveram o assunto. Ou não?

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