terça-feira, maio 04, 2004
A sabedoria do taxista!
Detesto andar de taxi. Fundamentalmente porque a grande maioria dos taxistas têm a soberana mania de falar, falar, falar... como se fossem deputados ou presidentes de associações académicas! E porque não tenho pachorra, naqueles momentos cruciais (por exemplo quando resolvem afirmar "o Salazar é que lhes cortava as vazas!") para discutir com alguém que não me diz absolutamente nada e que provavelmente levará a uma paragem do taxi com a minha saída intempestiva! Portanto tentativamente calo-me. No entanto, há dias em que estou bem disposto (hoje foi um deles!) e que perante o desafio resolvo usar as minhas melhores armas de incentivo argumentativo e dessa forma apreciar (sociologicamente falando, claro) as teses normalmente pouco profundas, mas ao mesmo tempo cheias de surpresas. Tudo isto porque hoje tive uma razoavelmente longa viagem de taxi - 10 € - ao final do dia. Fiquei a saber que o amigo taxista foi enganado pelo irmão mais velho, pelo irmão mais novo, pela ex-mulher e pelo banco onde tinha a sua conta bancária. Tremi de imaginar que a seguir me ia pedir dinheiro emprestado. Mas não. O objectivo - a tese, portanto - era tão só poder enquadrar que ele foi enganado, mas foi em circunstâncias que só os grandes azares da vida oferecem. Enquanto que outros (taxistas, claro) são uns anjinhos. Um colega viajou de Lisboa ao Porto, para lé chegar e perceber que o cliente nunca tivera intenções de lhe pagar e que, quando confrontou a PSP com tal situação, recebeu uma gargalhada do agente "esse costuma fazer isso pelo menos uma vez por semana, o que é que quer que eu lhe faça?" - patinho. E outro que levou um outro cliente aos Olivais e que ficou à espera à porta para continuar a viagem e esperou uma hora até que desistiu. Só para vos dar dois exemplos. Ou seja, em corolário, os taxistas são (quase) todos uns tansos. Só que uns são tansos porque são anjinhos e outros por azar da vida! Não seremos todos assim?
Detesto andar de taxi. Fundamentalmente porque a grande maioria dos taxistas têm a soberana mania de falar, falar, falar... como se fossem deputados ou presidentes de associações académicas! E porque não tenho pachorra, naqueles momentos cruciais (por exemplo quando resolvem afirmar "o Salazar é que lhes cortava as vazas!") para discutir com alguém que não me diz absolutamente nada e que provavelmente levará a uma paragem do taxi com a minha saída intempestiva! Portanto tentativamente calo-me. No entanto, há dias em que estou bem disposto (hoje foi um deles!) e que perante o desafio resolvo usar as minhas melhores armas de incentivo argumentativo e dessa forma apreciar (sociologicamente falando, claro) as teses normalmente pouco profundas, mas ao mesmo tempo cheias de surpresas. Tudo isto porque hoje tive uma razoavelmente longa viagem de taxi - 10 € - ao final do dia. Fiquei a saber que o amigo taxista foi enganado pelo irmão mais velho, pelo irmão mais novo, pela ex-mulher e pelo banco onde tinha a sua conta bancária. Tremi de imaginar que a seguir me ia pedir dinheiro emprestado. Mas não. O objectivo - a tese, portanto - era tão só poder enquadrar que ele foi enganado, mas foi em circunstâncias que só os grandes azares da vida oferecem. Enquanto que outros (taxistas, claro) são uns anjinhos. Um colega viajou de Lisboa ao Porto, para lé chegar e perceber que o cliente nunca tivera intenções de lhe pagar e que, quando confrontou a PSP com tal situação, recebeu uma gargalhada do agente "esse costuma fazer isso pelo menos uma vez por semana, o que é que quer que eu lhe faça?" - patinho. E outro que levou um outro cliente aos Olivais e que ficou à espera à porta para continuar a viagem e esperou uma hora até que desistiu. Só para vos dar dois exemplos. Ou seja, em corolário, os taxistas são (quase) todos uns tansos. Só que uns são tansos porque são anjinhos e outros por azar da vida! Não seremos todos assim?
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