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quinta-feira, outubro 28, 2004

bush

e estica???
estive a ver a suposta (ou várias das supostas) teoria da conspiração... vale a pena perguntar: ainda temos dúvidas? decerto!
em letras minúsculas estamos perante um mundo diferente
retrocedendo décadas ou séculos
mas vale a pena votar
um longo abraço sobre o atlântico
para aqueles que ainda estão indecisos
estarei em frança amanhã
com o meu melhor amigo
são 40 anos de experiência
e de expectativa
ajudem-nos no caminho de todos nós
estamos certos na incerteza da incoerência
para que não haja dúvidas
bush, só o companheiro do estica

quarta-feira, outubro 27, 2004

Factos
Uma das coisas mais curiosas desta campanha presidencial americana é o relevo, insuficiente mas assinalável, que vem sendo dado a um site que se tornou já indispensável, o FactCheck.org. Criado por um grupo de professores da Universidade de Pensilvânia e dirigido por um jornalista veterano, o FactCheck.org dedica-se a destrinçar o que é falso do que é verdadeiro nas sucessivas declarações de campanha de ambos os candidatos. Tarefa gigantesca e necessária, quando se vê que 72% dos apoiantes de Bush (e 26% dos de Kerry) estão ainda hoje plenamente convencidos de que o Iraque possuía armas de destruição massiva (números do Washington Post, artigo arquivado e disponível só para quem se registe em http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A57582-2004Oct23.html). O FactCheck.org não poupa ninguém e atira-se tanto a Bush como a Kerry quando um deles distorce, consciente ou inconscientemente, os factos (ver um exemplo aqui). E se a moda pega por cá? Pensando melhor, provavelmente estaria ainda a discutir se o Santana Lopes faz ou não a sesta. Mas enquanto esperamos, vão consultando o FactCheck.org, porque como eles dizem (rectius, como diz o Senador Daniel Patrick Moynihan) e muito bem, toda a gente tem direito à sua opinião, mas não aos seus factos.

O marciano teria razão
Pois é, David. Nem Virgin, nem Telecel, nem crise do Benfica. Eu preveni logo no teaser: é um texto inevitavelmente datado. Não o quis actualizar por dois motivos. Primeiro, porque não valia a pena. Depois porque lhe acho mais graça assim.

terça-feira, outubro 26, 2004

Those were the days ?

Parece estranho? Mas não será tanto assim... A célebre parábola de "se um marciano chegasse hoje aqui, após uma ultima viagem de há algum tempo atrás, pensaria estar num outro planeta, país ou cidade" aplica-se cada vez mais em todos os dias que passam. A vertigem da mudança, pois sim...

Tudo isto a propósito dos ultimos posts do amigo AC. Reparem no conto e na dissertação sobre a musica que lhe corre no carro nos últimos dias. De notar:

1. Telecel já não há!
2. Virgin em Lisboa também não!
3. E crise do glorioso?
4. E, para cúmulo, o Smile que devia ter estado connosco desde os anos 60 apenas hoje vê a luz do dia!

Engraçado? Talvez... De tudo isto, apenas o sorriso de Brian Wilson nos contenta. Com arranjos demasiado cheios? Com uma voz mais velha que ingénua? Queremos lá saber... a musica eterna nasce como um filho. Em todos os momentos e em todos os locais. Que delícia!

Em audição
"The Delivery Man" de Elvis Costello. Mesmo quando não é muito bom (mau Costello não sabe ser), as canções deste senhor são melhores que 95% do que por aí se vai fazendo. Conclusão: não se trata de um Costello de primeira grandeza, mas por enquanto não sai do leitor de CD do carro. Até porque temos também uma ressuscitada Emylou Harris, chegada directamente de Nashville para os nossos ouvidos maravilhados. "In a certain light he looks like Elvis".
"Abattoir Blues/The Lyre of Orpheus" de Nick Cave and The Bad Seeds. Mais canções desesperadamente simples e belas: porque é que o talento está tão injustamente distribuído?
"Smile" de Brian Wilson, que esperou trinta e sete anos (entre eles alguns de clínica psiquiátrica) para fazer este álbum. Mais um grande escritor de canções, que nada tem a ver com os precedentes, a não ser no talento. Infelizmente, este disco histórico é prejudicado pelos arranjos excessivamente pesados, que mesmo assim não conseguem estragar a eterna energia adolescente de Wilson. E até temos direito a "Good Vibrations" na versão em que deveria ter saído há trinta e tal anos atrás, por isso... Como se diz aqui, those were the days.

quinta-feira, outubro 21, 2004

O telemóvel que um dia começou a falar (3)
Recomeçou a andar, não lhe apetecia apanhar o metro só para percorrer duas ou três estações, iria a pé até apanhar o barco e amanhã talvez não fosse trabalhar, afinal de contas não seria má ideia ir ao médico ou ao hospital, às urgências, ver se não se passaria algo de errado com ele, meu Deus, que calor insuportável estava.
Quando chegou ao Rossio, à esquina dos telefones, talvez por sugestão, ligou o telemóvel, parece que já se sentia melhor, talvez tudo não tivesse passado de um ligeiro momento de indisposição, estas coisas acontecem.
- Tu não és muito falador, pois não? Não é que a mim isso me incomode, também se for para dizer asneiras, mais vale estares calado.
Não podia ser, era impossível, os telemóveis não falam, NÃO podem falar, se assim fosse certamente o vendedor teria dito qualquer coisa sobre isso, é verdade que não se pára o progresso, mas isto, francamente, não tinha pés nem cabeça.
- É que tanto tempo na fábrica calado, sabes, o tempo que eles demoram no Japão para enviar todos aqueles componentes electrónicos de merda, apetecia-me conversar um bocadinho, porra, sei lá, o calor, a crise do Benfica, qualquer coisa!
Desligou o telemóvel e começou a andar, num passo rápido, até reparar que começava a respirar com dificuldade e que a camisa se lhe começava a colar às costas, maldita caloraça. Abrandou e na Rua Augusta procurou o lado da sombra, sempre aliviava um bocadinho.
Olhou para o telemóvel e começou a pensar seriamente em regressar à loja da Telecel, não se poderia excluir a hipótese de uma avaria do telemóvel. Imediatamente a seguir sentiu-se ridículo, a loja já devia ter fechado e depois um telemóvel que fala, avaria não deveria ser, antes um fenómeno extraordinário, um prodígio da electrónica, ou um acontecimento sobrenatural, "Ficheiros Secretos" ou coisa parecida.
Atravessou o Terreiro do Paço sem ter arranjado ainda solução. Quando chegou ao Cais das Colunas, ligou novamente o telemóvel.
- Claro, se fores do tipo intelectual, também pode ser. Pessoalmente, tenho uma queda pelos idealistas alemães, Schopenhauer e por aí fora. Interessa-te?
Desligou o telemóvel. Ficou a olhá-lo por um - breve - instante, depois passou os olhos em redor. Não havia muita gente no cais, mas o movimento era intenso na estação fluvial, onde toda a gente se apressava a regressar a casa.
Num gesto rápido, atirou o telemóvel, que descreveu uma curva larga antes de cair, quase em silêncio, no rio.
Ficou a observar o rio durante talvez um minuto, quase como se esperasse que o telemóvel viesse à tona, gritar por socorro.
Depois virou costas e foi apanhar o barco.

quarta-feira, outubro 20, 2004

O telemóvel que um dia começou a falar (2)
- Que porra de cara, meu!
Parou e olhou à sua volta. Tinha ouvido a frase distintamente, uma voz masculina que era um misto de gozo e comiseração, e sentido que era a ele que alguém se dirigia, mas quem, ninguém próximo dele, ninguém olhava para ele, toda a gente passava normalmente, na azáfama dos fins de tarde de Lisboa.
- Bom, há coisas que não se podem escolher, não é?
Era a mesma voz, que coisa estranha, sabia que falavam com ele, como quando se está num sítio e se sente que toda a gente está a olhar para nós, por uma razão desconhecida, que desconforto, e aí é levar a mão disfarçadamente à braguilha, nunca se sabe, mas ao mesmo tempo damo-nos conta que toda a gente reparou nesse gesto que queríamos discreto...
- Então, que é que fazes na vida? Ohoh, meu... estou aqui, na tua mão!
Olhou para o telemóvel, tudo no aparelho parecia normal, lá estavam as duas barrazinhas de que lhe tinham falado, uma para a bateria, outra para a qualidade da cobertura da rede. Ele é que não podia estar normal, estava a ouvir coisas, alucinações auditivas, já tinha lido qualquer coisa sobre isso, na revista de Domingo do Correio da Manhã, essas coisas curam-se, aliás a gente ouve falar de tanta esquisitice, como aquela dos comprimidos para a tesão, que punham toda a gente a ver o mundo em azul...
- Não achas que era altura de me dizeres qualquer coisa, sei lá, como te chamas ou isso, afinal isto é uma relação que começa agora.
Carregou no botão e desligou o telemóvel. Fê-lo instintivamente, como para se proteger de alguma coisa. Sem reparar, viu que tinha chegado aos Restauradores e pôs-se a examinar a montra da Virgin, sem nada ver, na realidade, apenas na expectativa de ouvir de novo aquela voz, como uma coisa que a gente sabe que vai acontecer e que não pode evitar.
Mas nada aconteceu, nada mais ouviu, só os sons do trânsito e o silêncio dos clientes que abandonavam a Virgin, uns com sacos outros nem tanto.
Respirou fundo e sentiu uma pequena gota de transpiração que lhe percorria o pescoço, seria o calor, a canícula que Lisboa atravessava neste período bem poderia ter consequências graves para a saúde, os hospitais não tinham mãos a medir, tinha ele ouvido de manhã na rádio, insolações, também as pessoas tinham pouco cuidado, não é?

terça-feira, outubro 19, 2004

O telemóvel que um dia começou a falar (1)
Decididamente, não se tratava de um objecto de luxo. Fez as contas, no 16 metade dos passageiros do autocarro tinham telemóvel e faziam gala disso, então a que horas chegas, eu devo estar em casa para aí em meia hora, olha, estamos a passar no Marquês...
E depois fazia jeito, ninguém o poderia negar, estar contactável e poder contactar a toda a hora. Também não eram muito caros, os preços tinham descido muito, e alguns eram tão bonitos, assim pequeninos, e com toques tão engraçados, só haveria que ter algum cuidado com a duração das chamadas, uma pessoa rapidamente se podia distrair e na volta levar com uma conta de cem contos, já tinha ouvido histórias dessas e piores, como aquele reformado do Norte que recebeu uma factura de mil e tal contos, mas isso não era o telemóvel, eram as chamadas de valor acrescentado, parece, enfim, qualquer coisa desse tipo.
Decidiu-se por um dos últimos modelos, que comprou na Telecel da Avenida da Liberdade, não era complicado, em três tempos o vendedor explicou o funcionamento, registou o contrato e disse-lhe que era só carregar o cartão no Multibanco mais próximo, poderia imediatamente começar a utilizá-lo, a bateria estava cheia, então parabéns, olhe que fez uma óptima compra, esse até dá para receber E-mails, não se pára o progresso.
Seguiu todas as instruções e carregou o cartão no Multibanco ali ao lado, depois ligou o telemóvel, no botão que lhe tinham indicado, e viu os pequenos caracteres que se passeavam pelo mostrador, melhor, o ecrã de cristais líquidos, como lhe tinham explicado.
Começou a descer a avenida, sem saber bem o que fazer, apetecia-lhe telefonar a alguém, dar a boa nova, mas assim de repente não se lembrava de ninguém.

segunda-feira, outubro 18, 2004

Teaser
Consequência com certeza da minha elevada taxa de colesterol, que deve ter começado a afectar o cérebro, resolvi publicar aqui um lamentável conto que escrevi há alguns anos. Trata-se de uma peça literária de grosso recorte e péssimo nível, para além de inevitavelmente datada. Logo, nada melhor que me separar rapidamente dela, atirando-a para o limbo (isto é, para este blog). Preparem-se, que vem aí, em 3 partes, "O telemóvel que um dia começou a falar".

sábado, outubro 16, 2004

Toy r Us
Parece que o Toy vai animar os GNR do Iraque. Cada país tem a Marylin que merece.

quarta-feira, outubro 13, 2004

E nem a propósito...

... aqui fica uma singela homenagem a este blog!

terça-feira, outubro 12, 2004

Não é só a poesia!

É também (e mais, talvez) a falta de pachorra! O que é que queres que eu diga pá? Estamos rodeados de idiotas! Parece que o Zé-Paiva-Ideias-de-Merda tomou conta do país. Mascarado de qualquer ministro amiba, de comentador flausino ou de castelo abichanado! Falta no entanto a raiva revolucionária do Zé Paiva. Portanto, este país devia encerrar para obras. Felizmente rumarei em breve a terras galesas... Ufff!

quinta-feira, outubro 07, 2004

Do moralismo
Título pomposo para post pomposo. Não li a notícia do Correio da Manhã mas vi a peça que o Telejornal passou ontem (ver comentário certeiro no Aviz). Começo a ficar farto desta choramingueira politicamente correcta sobre a pretensa violação da Constituição porque não deixam as adolescentes andar de mini-saia ou fumar na escola. No collège onde entrou o meu filho este ano (equivalente, em Portugal, às escolas C+S, exactamente a que está em causa em Colares, se não me engano), o director fez, no Verão, uma reunião com os pais dos novos alunos, que chegariam pela primeira vez à escola dois ou três meses mais tarde. Em causa esteve, entre outras coisas, o regulamento interno da escola, cuja novidade 2004/2005 era, segundo o director, a proibição de determinados excessos de vestuário: por exemplo, proibição das meninas andarem de tops minúsculos a mostrar o umbigo (nova capital da cartografia erótica; como se sabe, isto é por ciclos, no séc. XVIII era o tornozelo!). Para o director, era a maneira de reagir a alguns exageros que não se coadunariam com um ambiente escolar (atenção: trata-se de uma escola pública, não fiquem a pensar que o meu filho anda num colégio privado inglês) e que poderiam perturbar a sã e normal convivência entre alunos e alunas (e não só, acrescentaria eu). Da proibição de fumar nem se falou porque desde há muito tempo que ela se encontra prevista.
Pergunto eu: qual é o mal? Também não vou falar da proibição de fumar, tão normal e evidente ela me parece (totalmente anormal seria se fosse ao contrário). Quanto aos umbigos, claro que não me agrada, adepto que sou das mais amplas liberdades vestimentares (eh eh). Mas compreendo-a e aceito-a, na base das explicações do director, que me pareceram fundadas e razoáveis. E nem me passa pela cabeça que ela seja inconstitucional. No entanto, quem, no universo da escola (alunos, pais, professores, funcionários,...), tiver dúvidas sobre isso, pode perfeitamente alegar nos tribunais administrativos a ilegalidade e/ou inconstitucionalidade de tais disposições.
Donde: não se trata de moralismo, mas apenas de dar a crianças e jovens entre os 11 e os 16 anos um ambiente compatível com o estudo e a aplicação escolar, impondo-lhes regras básicas de convivência, livremente aceites pela comunidade. Assim que passarem os portões da escola, elas (e eles!) podem pôr os tops que quiserem e fumar quantos cigarros conseguirem, que isso passa a ser um problema deles próprios e dos pais. Agora que um mero assunto de disciplina escolar seja visto como um atentado indefensável aos direitos e liberdades dos meninos e das meninas é que já me parece um pouco exagerado. Mas ele há gente para tudo, como se sabe.

quarta-feira, outubro 06, 2004

Razão pela qual o David anda a descurar este blog
Esta? A razão é uma boa razão.

A missa
Talvez por não ter a TVI, e não seguir portanto a missa dominical do Padre Marcelo (mas reparo agora que quando estou em Portugal também é raro ver), sou pouco sensível à discussão em curso sobre as declarações de Gomes da Silva. Independentemente da pouca importância que se deve dar a este tipo de intervenções estapafúrdias, queria dizer que subscrevo, no essencial, a posição do Terras do Nunca. E acrescentar um pequeno comentário motivado pela leitura do Aviz, que pede contraditório (o itálico é dele) também para o Miguel Sousa Tavares. É que MST é comprovadamente um opinion maker independente (quer dizer, não enfeudado a um partido) e o Prof. Marcelo é um destacado militante do partido mais importante da coligação governativa, tendo mesmo chegado a ser líder do partido e candidato a Primeiro-Ministro. O Prof. Marcelo, ao contrário de MST, não é portanto um comentador: é um político que está em condições de se servir dos seus 45 minutos semanais para favorecer a sua própria agenda política pessoal. E já agora só mais esta heresia: sou um defensor feroz da liberdade de expressão; e é precisamente por esse motivo que penso fazer muita falta em Portugal um órgão de supervisão do audiovisual que possa legitimamente intervir no mercado televisivo para sancionar o desrespeito de certas regras básicas essenciais, como, só para dar um exemplo, a de garantir o pluralismo que deve existir numa sociedade democrática. Sim, eu disse "mercado televisivo" e não "televisão pública", que os canais privados também são obrigados a respeitar a lei. Dito isto, as comadres que resolvam a coisa entre elas.

PS: entretanto, as comadres resolveram o assunto. Ou não?

terça-feira, outubro 05, 2004

Heróis do Mar
E viva a República!

Give me a break
Quanto ao Peseiro... Francamente, um homem que foi adjunto do Prof. Queiroz?!?

Já o Prof. Queiroz...
... nem ódio de estimação consegue ser. Ele é só mesmo mau treinador.

Ódios de estimação
Estupefacto com aquele meu post, David? Eu explico. Aprendi, já há muitos anos, com o MEC a melhor direccionar os meus ódios de estimação. Como sabem, o ódio de estimação é aquele que não se explica. Que está ali, à espera, muito bem aconchegadinho, para nos valer quando precisarmos. E é assim que, por exemplo, quando estamos deprimidos podemos pegar nele, no nosso ódio de estimação, e esquecer qualquer agravo que nos tenham feito descarregando a nossa ira – justificada, pois claro – em tão oportuna vítima. Dito isto, talvez se compreenda melhor que eu deseje a derrota de qualquer equipa que venha a ser treinada por um dos meus ódios de estimação: Mourinho himself! Abro uma excepção para o muitíssimo improvável caso de o Mourinho vir a treinar o Sporting. Mas abro-a de má vontade.

sexta-feira, outubro 01, 2004

mas apesar de tudo...

... existem muitas outras lutas para travar! Com a tríade Sócrates, Lopes e Portas, só falta mesmo um youngster do PCP surgir de um balão vermelho para podermos ambicionar sermos uma nação moderna com um governo e uma oposição com um pacto de regime assinado entre a 24 de Julho e o Bairro Alto. É pena é não ser Verão...

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